Na noite do último domingo (26/09) ocorreu a grande final do Brasileirão de futebol feminino série A1, com o clássico paulista entre Corinthians e Palmeiras para abrilhantar a edição que trouxe significantes mudanças ao futebol feminino brasileiro. A primeira edição com o nome das jogadoras nas camisetas e com as equipes podendo realizar suas partidas no estádio principal. Um fato importante, também, para a evolução da categoria do esporte veio da arbitragem que foi totalmente feminina nessa partida. Desde o campo, com Edina Alves Batista, auxiliada por Neuza Inês Back e Fabrini Bevilaqua Costa (todas elas representantes FIFA), até a quarta árbitra Adeli Mara Monteiro e toda a equipe do VAR.
Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Palmeiras chegou a final depois de vencer o Internacional no agregado de 5-1, enquanto o Corinthians passou pela Ferroviária por 6-2. O primeiro jogo da final foi na casa do clube alviverde, com vitória do Corinthians por 1 a 0, gol de Gabi Portilho. Já na Neo Química Arena, o Palmeiras não conseguiu bater de frente com a forte e entrosada equipe alvinegra, que abriu 3 a 0 ainda no primeiro tempo, com o primeiro gol feito contra pela zagueira e capitã Agustina, seguido de Adriana e um golaço de Vic Albuquerque, de bicicleta. No segundo tempo, o time da casa diminuiu o ritmo, apesar de não deixar de atacar, mas o Palmeiras não se encontrou no ataque e o único lance importante e que resultou em gol, foi na jogada individual de Camilinha.
Foto: Marco Galvão/Agência Corinthians
O Corinthians chega ao tricampeonato brasileiro, sendo o segundo título consecutivo. É um dos times com maior investimento e patrocínio no Brasil, e devolve com ótimos resultados dentro de campo. Além de, obviamente, ter jogadoras de alto nível técnico, o que pode ser percebido através da ultima convocação da técnica da seleção brasileira, Pia Sundhage, que chamou cinco jogadoras alvinegras: Andressinha, Érika, Tamires, Yasmin e Vic Albuquerque. O Palmeiras também conta com jogadoras da seleção, são: Ary Borges, Katrine e Thaís.
Isso mostra a força da liga nacional, visto que, além dessas, ainda tiveram convocações de São Paulo, Grêmio e Santos. Precisamos valorizar a competição, começando por uma equidade maior entre as premiações, pois, enquanto o campeonato masculino premia o campeão com 33 milhões de reais, o Corinthians recebeu apenas 0,87% disso, o equivalente a 290 mil reais. Embora seja um valor maior ao do ano passado, ainda é uma diferença gritante.
Comentarios